História do Curso – Arquitetura e Urbanismo

História do Curso

Os dois primeiros cursos de Arquitetura e Urbanismo no Estado surgiram em 1981, com a criação do Centro de Ensino Superior de Campo Grande (CESUP) e em 1993, pela Sociedade de Ensino da Grande Dourados (SOCIGRAN), instituições privadas de Campo Grande e Dourados, respectivamente.

No entanto, com o acentuado crescimento urbano e demográfico decorrente da divisão do Estado e a criação de Mato Grosso do Sul em 1979, os arquitetos e urbanistas, reunidos em Assembleia no Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de MS (IAB-MS) clamou por um curso de Arquitetura e Urbanismo oferecido por instituição pública no Estado. Tal anseio somente se concretizou em 1999 quando, a partir da iniciativa de professores arquitetos e urbanistas e engenheiros civis do Departamento de Estruturas e Construção Civil, após cuidadosos estudos, foi apresentada ao Conselho Universitário da UFMS e apoiada pela Reitoria a proposta de criação do curso de Arquitetura e Urbanismo.

A comissão que elaborou os estudos para a criação do curso era constituída por professores da UFMS e profissionais convidados atuantes na área: engenheiro civil Alcides Higa (presidente); arquiteto e urbanista Jurandir Nogueira (in memorian); arquiteto e urbanista Roberto Hodgson, bacharel em artes visuais Carla Maria de Cápua e pelo arquiteto e urbanista Sérgio Yonamine, então presidente do PLANURB – Instituto Municipal de Planejamento Urbano. Foram consultados internamente todos os chefes de departamento de disciplinas que deveriam ser oferecidas pelo curso, bem como todos os coordenadores de curso da área tecnológica e de artes, e externamente, entre outras entidades, o Sindicato de Arquitetos e Urbanistas de Mato Grosso do Sul, o Instituto de Arquitetos do Brasil, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e sua Câmara Especializada de Arquitetura e a ABEA – Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo que esteve sediada em Campo Grande de novembro de 1997 a novembro de 1999. A Comissão recebeu o apoio unânime dos consultados.

Conforme o relatório da Comissão, o Curso ao ser criado se apoiou na estrutura existente no CCET – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, garantindo a inserção do conhecimento técnico e das ciências exatas, essenciais para uma arquitetura racional, moderna e construtivamente viável.

O Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMS foi criado em 29 de julho de 1999, pela Resolução CONSUN/UFMS 029/99 e, implantado, em 2000, com o ingresso da primeira turma sob a coordenação do professor Roberto de Arruda Hodgson. A primeira aula ocorreu em 20 de março de 2000 inicialmente com os professores já vinculados aos cursos ministrados pela UFMS e 40 alunos ingressantes, dos quais 36 constituíram a primeira turma de formandos em dezembro de 2004. A partir de 2002 através de concursos públicos iniciou-se a formação do corpo docente efetivo do curso e no final de 2004, com a implantação integral da estrutura curricular houve a oportunidade de ampla discussão que resultou na construção do primeiro projeto pedagógico do curso contemplando uma adequação de sua estrutura curricular para vigência a partir de 2005. Após avaliação in loco procedida por avaliadores do INEP houve o reconhecimento do curso pelo Ministério de Educação através da portaria MEC 560 de 28 de fevereiro de 2005, publicada no Diário Oficial de 1o. de março de 2005.

Aprovado pela Câmara de Ensino da Universidade, o novo projeto pedagógico passou a vigorar em 2004. A Resolução n. 21, de 17 de dezembro de 2009, que instituiu a semestralização dos cursos na UFMS, determinou alterações no projeto pedagógico. O número de vagas, originalmente de 40, com ingresso anual, foi ampliado a partir de 2010, com o programa REUNI, para 50 vagas, mantendo-se o ingresso anual.

Em 2011, pela Portaria n. 1.169, DE 20 DE MAIO DE 2011, o Secretário de Educação Superior, do Ministério da Educação, resolve renovar o reconhecimento do curso de Arquitetura e Urbanismo, bacharelado, com 50 (cinquenta) vagas totais anuais.

Até 2014, o Curso foi avaliado pelo ENADE três vezes: em 2005, 2008 e 2011. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), parte integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), tem como objetivo geral avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares, às habilidades e competências para a atualização permanente e aos conhecimentos sobre a realidade brasileira, mundial e sobre outras áreas do conhecimento. O CPC[1] (Conceito Preliminar de Curso) do ENADE foi 4 em 2005; 3 em 2008 e 3 em 2011.

Em 2011 foi realizado o I Seminário de Discussão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMS, reunindo alunos e professores e resultou em um conjunto de diretrizes, ações e prioridades que foram incorporadas neste projeto pedagógico.

Além das atividades pedagógicas propriamente ditas, desde a sua criação o Curso vem procurando inserir-se no universo da educação do arquiteto e urbanista, com a promoção de eventos como programas e ações de extensão- entre as quais as Semanas de Arquitetura e Urbanismo e o ARQFEST, com cursos, minicursos, workshops, palestras e debates – incentivando a participação do corpo docente e discente em eventos realizados por outras instituições no país e desde 2014, com a implantação de seu primeiro curso de pós-graduação Lato sensu – Abordagem Contemporânea em Arquitetura e na Cidade.

As questões relativas à qualidade da produção arquitetônica e urbanística, notadamente no estado de Mato Grosso do Sul, vêm sendo enfatizadas visando preparar profissionais para contribuir com o aumento do grau de sustentabilidade dos espaços ocupados pelo homem.

Através das disciplinas e atividades complementares oferecidas, vem buscando, ainda, contribuir para a formação humanista do profissional através de um conjunto equilibrado de conteúdos teóricos e práticos, pontuado pelos princípios da excelência, da ética profissional e do humanismo.

Ainda que a universidade pública, no universo da educação superior no país, disponha das melhores condições para desenvolver um projeto de curso com aquelas orientações, explorando a inter e a transdisciplinaridade e mobilizando tecnologia, recursos e infraestrutura das ciências humanas, sociais e exatas, compreendem-se limitações impostas pela conjuntura social, política e econômica. Mesmo assim, o curso vem procurando aprimorar e ampliar seu quadro docente e suas instalações. Em 2012, instalou-se definitivamente em espaço apropriado, usando as antigas instalações adaptadas e reformadas da Biblioteca Central. De projeto elaborado pelos professores do curso, o “Bloco de Arquitetura e Urbanismo” comporta um espaço dotado de ateliers, salas de aula para a graduação e a pós-graduação, laboratórios de ensino, pesquisa e extensão, espaços para exposição da produção acadêmica, salas de trabalho e de reuniões, um Centro de Pesquisa e Documentação e um auditório com capacidade de 135 lugares.

Completando 15 anos de funcionamento em 2014, o Curso tem 265 alunos matriculados e já graduou, desde a sua criação, nove turmas ou 283 arquitetos e urbanistas.

[1]A composição do CPC tem três pesos: 55% da nota corresponde ao desempenho dos estudantes concluintes do curso no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), 30% equivale à titulação dos professores e ao seu regime laboral, e 15% da nota é composta dos índices de infraestrutura e organização didático-pedagógica da instituição.Os conceitos variam de 1 a 5 e o MEC considera satisfatórios os conceitos 3, 4 e 5.