Eficiência Energética em Edificações

Com a recuperação da atividade econômica houve imediato estímulo ao aumento do consumo de energia elétrica no Brasil, tanto no setor residencial com a aquisição de eletrodomésticos como no comercial com construção de novos shoppings centers, hipermercados, etc.

Diferentemente do ritmo de crescimento do consumo, a expansão da oferta foi lenta, pois enquanto na década de 70 a expansão da capacidade instalada de geração alcançou a taxa média de 11,8% a.a., na década seguinte foi de 4,1% a.a., e nos anos 90 somente 2,9%. Soma-se ainda o esgotamento do setor público com respeito à capacidade de promover investimentos no setor.

Apesar do Governo promover ampla reestruturação no setor oportunizando ao capital privado a concessão para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até então praticamente restrita a empresas públicas, não se verificaram os resultados esperados para atender o crescimento da demanda. A contribuir com esse descompasso há que se considerar as inúmeras formas de desperdícios de energia. Dados indicam que em 2000 do total consumido pelo Brasil (300.000 bilhões de kWh) 15% ou 45 bilhões de kWh dizem respeito somente ao setor comercial que por sua vez desperdiça aproximadamente 14% ou 5,3 bilhões de kWh, total esse que representa o desperdício de 20% de energia elétrica no Brasil.

Assim sendo, dentre os objetivos do LADE é dotar os futuros profissionais de conhecimentos específicos voltados ao desenvolvimento de projetos que considerem como objetivo final à melhoria da eficiência energética das edificações.